Eletroencefalograma e sua importância na convulsão febril
- Clinica de Neurofisiologia Dall Alba e Barros
- 13 de ago. de 2024
- 3 min de leitura

Você sabia que a convulsão febril acomete em crianças com até cinco anos, mas a maioria dos casos ocorrem na faixa dos 12 a 15 meses de vida? Um exame em especial ajuda a entender mais sobre o problema e é muito recomendado por especialistas diante desse cenário. Trata-se do eletroencefalograma, ou também conhecido como EEG.
Diante desse episódio de convulsão febril, é natural que qualquer exame recomendado cause ainda mais preocupação aos pais, mesmo sendo algum tão conhecido como o eletroencefalograma.
Mas algumas dúvidas ficam expostas na cabeça dos pais. “Como é feito esse exame em uma criança tão pequena?”. “Meu filho vai sentir algum incômodo?”. Essas são apenas duas das inúmeras dúvidas dos pais quando veem seus filhos diante de algum exame. Com o eletroencefalograma não é diferente, mas temos uma boa notícia: É um procedimento rápido, simples e indolor.
O primeiro ponto importante a saber é que esse exame é realizado em todas as faixas etárias. Pode ser feito para diagnosticar uma série de problemas, como epilepsia, tumor cerebral, encefalite (inflamações no cérebro), AVC e até causas de coma.
O que é eletroencefalograma?
O eletroencefalograma é muito útil e serve para identificar ou diagnosticar alterações neurológicas, como suspeita de epilepsia – isso pode estar relacionado aos episódios de convulsão febril. O exame avalia a atividade elétrica do cérebro e pode ser feito tanto em vigília, ou seja, com a pessoa acordada, ou durante o sono.
Em crianças que apresentam comportamentos reativos à realização do exame, por exemplo, podem necessitar de sedação para realizar o eletroencefalograma. Nesse caso, o registro é feito durante o sono induzido. No final do exame, a criança é despertada para realização do registro durante a vigília.
Como é feito o exame?
Por se tratar de um método não invasivo, o registro é realizado através da colocação de eletrodos no couro cabeludo, com auxílio de uma pasta condutora que, além de fixá-los, permite a aquisição adequada dos sinais elétricos cerebrais.
Após isso, com auxílio de equipamentos modernos, câmera e aplicativos específicos de diagnóstico, o exame tem como foco as oscilações neurais, registrando as diferentes ondas cerebrais, que são observadas em sinais de EEG no formato de traçado. Esse exame ajuda no melhor direcionamento do diagnóstico, favorecendo o correto tratamento, bem como o direcionamento clínico.
Inicialmente, é feito um registro espontâneo da atividade elétrica cerebral durante a vigília (paciente acordado). Se possível, essa atividade também é registrada durante a sonolência e o sono, tendo em vista que o registro em todos esses estados aumenta, por exemplo, a sensibilidade do método na detecção de diversas anormalidades.
Após o registro espontâneo, são realizadas as provas de ativação, quais sejam: hiperpneia (o paciente realiza incursões respiratórias forçadas e rápidas, por 3 minutos) e foto estimulação intermitente (coloca-se, frente ao paciente, uma lâmpada que produz flashes com frequências que variam de 0,5 a 30 Hz, dependendo da idade do paciente).
Em outras palavras, o objetivo deste método é aumentar a sensibilidade do exame. Como resultado, é possível detectar alterações específicas que podem ser provocadas pelas provas de ativação.
Qual a duração do exame?
A duração média do eletroencefalograma é de 60 minutos. O tempo mínimo para a realização do exame é de 30 minutos. No entanto, é possível fazer o registro prolongado conforme solicitação médica.
Existe um preparo para fazer o eletroencefalograma?
Existe, sim. São recomendados alguns preparos para crianças entre 2 e 12 anos para a realização do EEG.
Recomenda-se que as crianças durmam o mínimo possível na véspera ou no dia do exame.
Além disso, não é necessária a privação do sono do bebê. A clínica aconselha escolher um dos horários disponíveis para o exame que seja próximo do horário habitual de sono.
A criança pode se alimentar antes do início do exame, por exemplo.
Crianças de até dois anos devem chegar ao exame com sono e sem fome (bem alimentada). O responsável deve trazer mamadeira ou alimentos habituais, além de objetos que a criança utiliza para dormir, como chupeta
Portanto, caso seja necessário, a Clínica de Neurofisiologia Dall Alba e Barros ministra o medicamento Hidroxizine a fim de induzir o sono nas crianças que apresentem comportamentos reativos à realização do exame. Nesse caso, o registro é feito durante o sono induzido. No final do exame, a criança é despertada para a realização do registro durante a vigília.
Trazer exames relacionados com a patologia em estudo, como ressonância magnética do crânio, outros exames de imagem e eletroencefalogramas anteriores.
Em outras palavras, o eletroencefalograma é bem simples e muito importante para identificar alterações neurológicas. Quer entender mais sobre o exame e esclarecer qualquer tipo de dúvida? Entre em contato com a Clínica de Neurofisiologia Dall Alba e Barros.
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