BERA ajuda a entender se atraso de fala é autismo
- Clinica de Neurofisiologia Dall Alba e Barros
- 14 de ago. de 2024
- 3 min de leitura

“Meu filho está com atraso de fala. Pode ser autismo?”. Esse medo rodeia o pensamento de famílias quando a criança demonstra um desempenho bem abaixo do esperado. Nesse momento, o exame BERA se torna uma etapa muito importante para entender se há algo mais grave e que pode até resultar em um diagnóstico de autismo.
O que é o exame BERA?
O BERA é também conhecido como Audiometria do Tronco Cerebral/Encefálico. Avalia a integridade funcional do nervo auditivo e determinar se há ou não um distúrbio na audição e seu grau.
Como resultado, o exame possibilita que o médico identifique se a causa é decorrente de uma lesão no nervo auditivo ou no tronco encefálico.
No entanto, o que uma possível perda auditiva tem a ver com o autismo? Estudo feito na década passada pela USP, por exemplo, observou um detalhe importante: a maioria dos pais de crianças com transtorno do espectro autístico (verbais ou não) teve como suspeita inicial a perda auditiva.
Consequentemente, o desenvolvimento da fala pode ser afetado por problemas de perda de audição não diagnosticados. Em outras palavras, o exame BERA acaba sendo essencial nessa avaliação.
Como é feito o exame?
Em primeiro lugar, são colocados eletrodos atrás da orelha e no couro cabeludo, além de fone de ouvido que é responsável por produzir sons. O objetivo é ativar o tronco encefálico e os nervos auditivos.
Para isso, ocorrem séries de cliques em 2000 Hz e 4000 Hz. O ouvido não estimulado está sujeito a um som estático ou dissimulador. Cada via auditiva é estimulada por duas a quatro vezes.
Além disso, o exame é feito enquanto se dorme, uma vez que é muito sensível, e qualquer movimento pode interferir no diagnóstico final.
Exame Bera pode ser feito com sedação?
Em crianças, por exemplo, que estão sendo investigados atraso de linguagem e suspeita de autismo, normalmente é necessário realizar o exame com anestesia geral ou sedação.
A Clínica de Neurofisiologia Dall Alba e Barros dispõe de toda a estrutura para realizar o exame com sedação. O exame feito com anestesia geral só é realizado em ambiente hospitalar.
Acima de tudo, trata-se de um exame não invasivo, indolor e extremamente importante por ser utilizado para determinar o nível de resposta auditiva.
Além disso, a sedação é um medicamento anti-alérgico ou Dramin, que não possui risco para a criança, e seus efeitos são de curta duração.
Qual o preparo para realizar o exame?
Recomenda-se que as crianças durmam o mínimo possível na véspera ou no dia do exame. Exatamente para que eles cheguem com sono, e aumente as chances de efeito da sedação.
Normalmente, não é necessária a privação do sono do bebê.
A clínica aconselha marcar o exame próximo do horário habitual de sono.
A criança precisa se alimentar bem antes do início do exame.
O responsável pode trazer mamadeira ou alimentos habituais, além de objetos que a criança utiliza para dormir, como chupeta e travesseiro.
Caso seja necessário, será administrado o medicamento hidroxizine a fim de induzir o sono nas crianças. Isso ocorre para casos em que apresentem comportamentos reativos à realização do exame. Nesse caso, o registro é feito durante o sono induzido.
É importante levar exames relacionados com a patologia em estudo, tais como RNM de crânio, eletroencefalograma anteriores e audiometria.
No caso da sedação, por exemplo, é importante entrar em contato com a clínica para esclarecer dúvidas.
Em outras palavras, o exame BERA é muito importante nessa análise para entender quais as razões do atraso de fala e que, em muitos casos, auxilia no diagnóstico de autismo. Quer saber mais sobre esse exame e como a Clínica de Neurofisiologia Dall Alba e Barros pode ajudar? Entre em contato com a gente!
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